sexta-feira, 12 de junho de 2009

Perdas, aprendemos com elas

Eu tenho uma amiga, vamos chamar ela de R . A R faz o tipo menininha que chora vendo procurando nemo, e quase infartou quando a novela preferida dela acabou. Uma novela mexicana qualquer. A questão é que ela se apegou tanto àquela novela que não aceitou o fim, fez um escândalo, chorou, gritou e esperneou, e pra amenizar a dor da perda ela deve agora estar comendo um pote de nutella com tubets de chocolate. HOJE. No dia dos namorados. Já tentamos chamar ela pra sair, pra trocar a nutella por um sorvete, na sorveteria do shopping, tentamos puxar ela da cama, mas não adianta. Ela diz que nunca vai se conformar com a perda, e que nunca vai deixar de amar aquela novela que era tudo pra ela. Tudo bem que você esteja sofrendo R, mas não é justo você querer o fim da sua vida comendo tanta nutella porque algo teve fim pra você, quer dizer, acabou e pronto. Daqui a pouco começa alguma outra novela que você vai gostar. Assim como um namorado. Aliás, eu namorei um cara que foi assim, o P. Quando a gente acabou eu achei que ia MORRER, que era o fim da minha vida e que nunca ia gostar mais de ninguém, que ele era tudo. Não sei o que aconteceu com ele, mas uma semana depois eu estava apaixonada pelo J. Isso mesmo, O J! que ele sim er ao amor da minha vida, nossa como ele era tudo!! Duas semanas depois, o trágico fim. Porque as coisas SÃO ASSIM. Tem começo, tem meio e tem fim. E as novelas também. Porque se uma novela durasse pra sempre ninguém ia aguentar. Assim como a nossa mania de dizer que vai ser pra sempre, fazer juras de amor, dar presentes, e chorar quando termina. É legal ficar na fossa por alguns dias, comer sorvete, ver filmes de amor, e chorar. Mas depois é bola pra frente, porque o mundo não pára. Isso deve valer tanto pro fim de uma novela, quanto pro fim de um namoro que não deu certo.


Feliz dia dos namorados pessoal.





P.s- Um beijo pra R, pro P e pro J. E sim, o fim de rebelde acabou comigo. :*