Bom, a R. merecia umas férias como todo mundo merece, então eu convidei ela pra viajar comigo, foi uma viagem interessante até. Fomos juntas pra praia.E em um dia, um dia antes do ano novo enquanto estávamos deitadas na areia as 9 da noite olhando pro céu cheio de estrelinhas brilhando e ouvindo o barulho do mar, eu falei pra R. meus planos de ano novo. Planos idiotas, planos com sentido ou sem. E ela me falou os dela, alguns cômicos até, porque a R. sempre inventa umas coisas estranhas e engraçadas pra me contar. Ela me falou do número absurdo de quantos caras quer conhecer, as notas que quer tirar, e até o número de sutiãs que quer comprar. E depois de contarmos quantas estrelas conseguíamos ver (paramos no 125478 porque meu indicador ficou dormente) ela me perguntou se eu já tinha visto ET. OK todo mundo já viu et, quem nunca viu é burro. Ok, nem todo mundo que não viu é burro. E eu disse que já e ela perguntou o que eu faria se aparecesse um et na minha frente, e isso ahm realmente foi uma pergunta surpreendente, ok, talvez nem tanto porque veio da R. E eu realmente não sabia o que responder. E sabe, ahm isso fez despertar o meu lado psicóloga filósofa (que tem sido despertado muitas vezes ultimamente desde que eu criei conheci a R.) E caramba, sei lá o que eu faria, quer dizer, eu nunca tinha parado pra pensar que ficaria com tanto medo se um ET ou qualquer coisa aparecesse na minha frente. Mas por que? Por que será que a gente sempre sente tanto medo de alguma coisa que não conhecemos? Estamos muito acostumados a SEMPRE pensar no pior de tudo. E foi isso que eu pensei, se eu visse um ET ele iria atirar raios lasers em mim com os olhos esbugalhados. Ok sem viajar muito, acho que talvez se começácemos a pensar que coisas novas podem sim fazerum bem danado, talvez conseguíssemos nos abrir pra pessoas novas, não necessariamente ET's ok? Então depois de pensar nisso tudo de olhos fechados, eu abri e olhei pro lado. Que coisa estranha a R. tinha sumido. Aí me lembrei do meu último desejo de ano novo. Não precisar mais usar uma personagem pra contar o que acontece comigo. Quer dizer, discursos em primeira pessoal total. Só o que eu consegui fazer foi dar um sorriso pra mim mesma, suspirar e falar, boa noite R. e dormi, ali mesmo na praia. Sabe, todo mundo tem uma R. dentro de si, e quem não tem deveria ter, um lado doido, imaturo, um lado sensível e confuso, e não só um lado racional e que fica pagando de sabe tudo. Eu admiro a R., admiro muito, apesar de ela ser só uma parte de mim. Então pra 2010 eu decidi que quero uma outra parte de mim contando as histórias, um lado maais sério, um lado mais comprometido. Mas quando comecei a pensar nisso alguém me sacudiu ''acorda logo que tenho um Argentino pra te apresentar ELE É O AMOR DA MINHA VIDA!'' ah sim, oi R. acho que em 2010 a R. vai continuar sendo a parte que move a minha vida.
feliz 2010 atrasado (:
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